Daniel Salgado Xavier*
Quando
se trata de recuperar um paciente que está com o câncer, todas as
ciências e especialidades são bem-vindas. Afinal, a vida humana é um bem
precioso de valor inestimável.
O
paradigma câncer-morte, ainda comum na prática médica atual, aos poucos
vem sendo abandonado. Os avanços técnico-científicos de nossa era, por
ora, jogam garantem ao paciente oncológico uma esperança, mesmo que
tênue, da tão almejada cura.
Neste
contexto, a fisioterapia onco-funcional ganha espaço na medida em que
garante a qualidade de vida e a dignidade ao portador da enfermidade
oncológica. Nos últimos dois anos, 2011-2012, a Fundação Centro de
Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (Fcecon) diagnosticou 2,2
mil casos de câncer. A instituição atende casos de toda a Amazônia
Legal.
O assunto me inspirou a
escrever, em 2011, o livro “Fisioterapia onco-funcional para Graduação- O
Papel da Fisioterapia no Combate ao Câncer”. A obra aparece na lista
dos mais vendidos no portal Clube dos Autores, que destaca os principais
livros do País, nas diversas áreas.
A
fisioterapia onco-funcional tem como funções essenciais: prevenir,
manter e promover condições previamente perdidas, mas o maior mérito do
profissional fisioterapeuta é garantir a dignidade do ser humano.
No
livro, destaco que o fisioterapeuta oncofuncional deve estar apto para
desenvolver suas atividades com pacientes infantis, adolescentes,
adultos jovens e idosos, em situações que vão desde a cura do paciente
ou nos casos em que a doença é irreversível. “A fisioterapia contribui
efetivamente na retomada das atividades diárias dos pacientes,
direcionando-os para os novos objetivos”, ressalta.
A assistência fisioterapêutica ao paciente oncológico tem início no pré-operatório, visando o preparo para o procedimento e redução de complicações. A dor é uma das principais e mais frequentes queixas do paciente com câncer, devendo ser valorizada, controlada, e tratada em todas as etapas da doença.
Da mesma
forma é de suma importância o papel da fisioterapia nos cuidados
paliativos ao paciente, já que a maioria dos pacientes com diagnóstico
de câncer convive bastante tempo com a doença.
Inspiração
A
inspiração para escrever o livro surgiu ao longo das minhas
experiências de mais de 10 anos no tratamento de pacientes com câncer.
Nesse tempo pude observar historias de abnegação superação e heroísmo
do ser humano sobre uma condição muitas vezes irremediável. Observei
também que poucos fisioterapeutas eram habilitados para lidar com esse
tipo de paciente, principalmente, o impacto que a morte trazia a tona a
falta de preparo do profissional. Também tive o diagnóstico de câncer em
2011, e me encontro reagindo com sucesso ao tratamento.
O
livro é indicado para estudantes de fisioterapia e profissionais
graduados em busca de aprimoramento. Parte do valor arrecadado com o
livro é destinado ao Grupo de Apoio às Mulheres Mastectomizadas do
Amazonas (Gamma), que presta auxilio a mulheres vítimas de câncer de
mama e que passaram por algum procedimento de remoção cirúrgica da
glândula mamaria. Mais informações pelo telefone 3238-2563.
*
Doutor em Terapia Intensiva pelo Instituto Brasileiro de Terapia
Intensiva (IBRATI ), Coordenador-técnico da ala de Fisioterapia da
Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCECON).
From: http://acritica.uol.com.br/blogs/blog_artigos/papel-fisioterapia-combate-Cancer_7_922777717.html
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